Família presta queixa contra escola após menina negra ser encoberta em publicação

 

Uma menina negra de 10 anos foi tampada em uma peça publicitária publicada nas redes sociais de uma escola particular de Jundiaí, no interior de São Paulo. A família registrou um boletim de ocorrência contra a unidade de ensino.  

No registro, o pai da menina contou que estava na casa de amigos quando a filha viu a publicação no perfil do Colégio Domus Sapiens em uma rede social. 

Na foto original, quarto meninas aparecem lado a lado, sendo três brancas e a garota negra. Na publicação feita pela escola, uma caixa com texto tampa a estudante negra da imagem. 

 

 

Na arte é exibida uma citação de Paulo Freire. “Importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade e convivência”

De acordo com o pai, o caso gerou indignação e a família recebeu mensagens a respeito da publicação. Após a repercussão do caso, a escola retirou a foto de suas redes sociais.  A imagem original, com todas as meninas e sem a arte, foi postada pela unidade de ensino mais tarde.

 

 

O caso deve ser investigado pelo 7º Distrito Policial. 

Em nota enviado ao Portal G1, o colégio alegou que essa imagem foi não a única a ter uma caixa de texto sobreposta ao rosto de algum aluno. Segundo a escola, isso aconteceu também com estudantes brancos. 

Veja nota na íntegra:

“Ao contrário da interpretação dada pelos usuários em questão e das injuriosas acusações, na data de 20/11/2020 a Agência de Publicidade contratada pelo Colégio elaborou ao todo 41 postagens, em pacote, sendo que em praticamente todas as postagens feitas naquela oportunidade, o lado escolhido para a colocação da caixa de texto é justamente o lado direito da foto, se sobrepondo aos rostos de muitos outros alunos, em outras fotos, inclusive, alunos brancos, com o intuito de seguir um padrão estético na diagramação da publicidade (já que as fotos seriam lidas em sequência).

Ou seja, analisado o conteúdo da publicidade feita naquela data, não sobreleva qualquer dúvida de que a ocultação da imagem da aluna em questão, não foi propositalmente escolhida por critério racial, e sim, pelo critério geral de posicionamento da caixa de texto nas fotos divulgadas sequencialmente na rede social.

O colégio, ao longo de uma trajetória dedicada à inclusão social e à censura de toda e qualquer prática discriminatória, apoia decisivamente as ações visando coibir o racismo e a disseminação de propagandas de ódio e violência. essa é a nossa missão perante a comunidade e na formação de nossos alunos.”

 

 

Imagens: Reprodução/internet

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