Nesta quarta-feira, 30 de outubro de 2024, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro inicia o aguardado julgamento dos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O caso, que comoveu o Brasil e o mundo, está mobilizando protestos por todo o país. Confira os detalhes desse dia histórico, as acusações contra os réus e a reação popular em busca de justiça.
Entenda o caso
1. Histórico do Caso Marielle Franco
Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro, ao lado do motorista Anderson Gomes, quando seu veículo foi interceptado por criminosos. Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça e Anderson recebeu três disparos nas costas. A única sobrevivente, a assessora Fernanda Chaves, estava no banco de trás e foi ferida por estilhaços. O crime aconteceu após a vereadora deixar a Casa das Pretas, na Lapa, e percorrer cerca de 4 quilômetros, sendo seguida por um carro Cobalt prata, com Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz.
2. Os Réus e as Acusações
Além de Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, que começam a ser julgados nesta quarta-feira, o caso envolve outros réus acusados de participação direta ou indireta no crime:
• Chiquinho e Domingos Brazão: apontados como mandantes do assassinato de Marielle.
• Delegado Rivaldo Barbosa: apontado como o mentor intelectual do crime.
• Robson Calixto (conhecido como Peixe): ex-policial e ex-assessor de Domingos Brazão, que teria auxiliado no desaparecimento da arma usada no assassinato.
• Major Ronald Paulo Alves Pereira: responsável, segundo delações, por monitorar a rotina de Marielle Franco antes do atentado.
Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos dois dias antes do primeiro aniversário do crime, em março de 2019, acusados de executar o atentado. Lessa é suspeito de ser o atirador, enquanto Élcio teria dirigido o veículo. As investigações apontam que, ao emparelhar com o carro de Marielle e Anderson, a dupla efetuou os disparos, fugindo em seguida sem levar nada.
3. Protestos e Mobilização Social
Com a abertura do julgamento, manifestantes se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e em outras partes do país. Grupos de direitos humanos e ativistas lembram a luta de Marielle e exigem justiça. Nas redes sociais, hashtags como #JustiçaPorMarielle ganham força, dando visibilidade ao caso e mantendo a pressão pública.
4. Uma Resposta Inesperada
Após o crime, Anielle Franco, irmã de Marielle, relembra a resposta fria que recebeu da polícia ao questionar se o atentado havia sido um assalto. “Recebi uma resposta muito inusitada que, naquele momento, foi um choque de realidade: ‘Não, não está com cara de ter sido um assalto. Também, ela estava falando mal de um monte de gente no Twitter’, inclusive da PM.”
5. Expectativas e Próximos Passos
A expectativa pelo veredito é alta, tanto para a família de Marielle quanto para a população. Este julgamento é considerado um marco na luta contra a impunidade em crimes políticos no Brasil e um passo significativo em direção à justiça.
O julgamento dos acusados pelo assassinato de Marielle Franco representa não só a possibilidade de justiça para sua família, mas também um importante marco na defesa dos direitos humanos no país. Acompanhe todas as atualizações sobre esse julgamento histórico em nosso portal.