Manaus, a capital do estado do Amazonas, está vivendo uma situação cada vez mais caótica, com uma seca brutal, ar de péssima qualidade e incêndios em cidades próximas a região.
Especialistas em meio ambiente afirmam que já existem casos de comunidades com muita dificuldade de se movimentar, pois os rios, lagos e igarapés são os principais meios de transporte, especialmente para a população pobre do Amazonas.
O Rio Negro, um dos maiores afluentes do Rio Amazonas, atingiu o nível mais baixo já medido em Manaus nessa segunda-feira (16/10). O nível ficou em 13,59 metros, ultrapassando o recorde, de 2010, de 13,63 metros.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, 50 municípios amazonenses estão em situação de emergência, e 10 estão em alerta.
A seca extrema tem afetado a todos, principalmente as comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para se locomover e também para buscar o sustento, tanto na pesca quanto no comércio de produtos.
A Prefeitura de Manaus decidiu antecipar o fim do ano letivo das escolas ribeirinhas localizadas no Rio Negro, para outubro. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), professores e alunos tinham dificuldades para chegar às escolas.
A seca que atinge Manaus e vários municípios amazonenses piorou por causa do fenômeno climático El Niño, que começou em junho. Entretanto, a previsão é de que a situação fique ainda pior no início do verão, entre os meses de dezembro e janeiro.
Imagem: G1